quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O Dilúvio Global e a enorme quantidade de água

Autor: Robson T. Fernandes
Uma das objeções apresentadas por evolucionistas para se negar a ocorrência, há aproximadamente 5000 anos atrás, do Dilúvio Bíblico Global repousa na afirmação de que não havia água suficiente para cobrir a superfície terrestre.
Algumas variáveis precisam ser levadas em conta, como a estrutura geomorfológica da Terra que era diferente, a existência de um “envoltório” (camada de nuvens que cobria o planeta), a enorme quantidade de água existente no subsolo do planeta e baixa elevação da superfície do solo, diferentemente dos dias atuais.
Para se ter uma idéia do potencial existente em nosso planeta para se cobrir a sua superfície de água, podemos realizar uma pesquisa para verificar tal possibilidade.
Há algum tempo recebi uma carta de um evolucionista afirmando que se todo o gelo existente no planeta derretesse, o nível do mar subiria apenas 50 centímetros. Ao responder tal carta, com argumentos científicos, recebo uma nova afirmando que o nível do mar poderia subir cerca de 50 metros.
Puxa, que diferença! De 50cm para 50m!?
O propósito deste artigo é mostrar, apenas e simplesmente, que se todo o gelo da Terra derretesse hoje teríamos uma verdadeira inundação global. É preciso entender, antes de mais nada, que não estamos defendendo e nem negando o fenômeno do aquecimento global, já que muita discussão tem sido realizada acerca do assunto. Mas, o propósito aqui é simplesmente mostrar qual seria o aumento no nível dos oceanos, caso o gelo na superfície do planeta derretesse, para termos uma idéia da possibilidade comprovadamente científica do Dilúvio Bíblico Global.
Ainda, se faz necessário compreender que a origem da água do dilúvio não foi apenas de simples chuva, se é que se pode chamar de simples, mas segundo o relato bíblico, a origem da água está em duas fontes: a chuva e as “fontes do grande abismo” (Gn 7:11), ou seja, enormes quantidades de “lençóis freáticos” existentes no período pré-diluviano. Porém, esse será o assunto de um outro artigo. No momento, vamos nos ater apenas a possibilidade de uma grande inundação global caso venha a ocorrer o derretimento de todo o gelo na superfície do planeta, apenas e simplesmente.
A Revista Época, de 5 de Fevereiro de 2007, afirma que o Relatório sobre o aquecimento Global está sendo preparado por 2.500 pesquisadores de 153 países. Esse é um dado importante!
As pesquisas indicam que a média climática em 1905 era de 13,78ºC, mas atualmente está em 14,50ºC, isto é, dentro de 102 anos a temperatura subiu 0,72ºC. Esse é outro dado importante.
Todavia, esse crescimento pode ser “exponencial” por causa do aumento continuo de poluição e outros fatores. Isto é, o aumento da temperatura pode ser acelerado. Esse é outro dado importante.
Afirmar que as estimativas são sensacionalistas não é real, porque, os últimos relatórios de mudanças climáticas erraram para menos, ou seja, os cientistas envolvidos nessas pesquisas não estão trabalhando com expectativas semelhantes ao filme "O Dia Depois de Amanhã", não. Eles estão trabalhando de forma moderada, como dizem alguns.
A USP promoveu um encontro no dia 28 de março de 2007, no qual teve como palestrante Sir David King, que é conselheiro Científico do Governo Britânico, para debater acerca da Groelândia. O Encontro foi promovido pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA-USP) e reuniu cientistas para a apresentação das propostas do Sir David King, que também é diretor da Agência de Ciência e Inovação do Reino Unido.
Nesse encontro estavam presentes o prof. Edward Krieger (presidente da Academia Brasileira de Ciência), o astrofísico e diretor do IEA João Steiner e o embaixador e ex-Ministro do Desenvolvimento, Comércio Exterior e Indústria Sérgio Amaral.
É importante observar que os dados apresentados nesse encontro dizem respeito apenas a Groelândia. E a conclusão a que se chegou é que se apenas a Groelândia continuar derretendo, 1 em cada 12 cidades do planeta, isto é, 8% delas desaparecerá.
O Dr. King disse o seguinte: "Acredito que falta no debate falar sobre os impactos, falar sobre o que gostaríamos de evitar que acontecesse. A perda do gelo da Groenlândia, por exemplo, que é sempre citada como um dos principais impactos. O derretimento inundaria 8% das cidades do mundo. Milhões de pessoas seriam desalojadas".
Ainda, afirmou que a Groenlândia está derretendo hoje à velocidade impressionante de 200 quilômetros cúbicos a cada hora.
Se o nível do oceano subir a essa medida, partes da Índia e do sudeste asiático ficarão inundadas, além do Japão e do Reino Unido, que terão praticamente todo o seu território coberto pela água em 2050.
O fato que procuramos destacar com essas informações não é a taxa de velocidade de derretimento do gelo, mas apenas a quantidade de água, já que estamos falando acerca da possibilidade de uma inundação global, como a Bíblia afirma que o dilúvio foi. Então, para o nosso caso não importa se isso vai ocorrer amanhã, depois de amanhã ou daqui a 1000 anos.
Outros dados importantes, fornecidos pelo Earth Observatory, NOAA, precisam ser levados em conta também:
O resultado imediato do derretimento das geleiras seria o aumento do nível do mar. Inicialmente, seriam apenas 2,5 ou 5 cm, no entanto, se a placa de gelo da Antártida Ocidental derretesse e caísse sobre o mar, ela elevaria o seu nível em mais de 304 metros e muitas áreas costeiras iriam desaparecer completamente sob o oceano. O nível do mar também se elevaria porque as águas do oceano ficariam mais quentes, causando a expansão da água. Mesmo um modesto aumento no nível do mar causaria problemas de enchente em áreas costeiras baixas.
Com o aumento da temperatura global das águas, tempestades formadas no oceano tais como tempestades tropicais e furacões, que extraem sua energia feroz e destrutiva das águas mornas pelas quais passam, seriam maiores em número e força.
Imagem cedida pelo Earth Observatory, NOAA
As previsões das pesquisas indicam aumento no nível do mar
Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC)
Rajendra Pachauri é o presidente do IPCC e afirma que se o clima subir 3ºC desastres ambientais ocorrerão.O relatório do IPCC, intitulado "Efeitos, adaptação e vulnerabilidade", afirma que, se a temperatura média global subir 1,5ºC acima dos níveis de 1990, 30% dos animais e vegetais estariam ameaçados de extinção.
O derretimento das calotas polares e dos picos nevados também é um dado preocupante apontado pelo relatório. Com maiores temperaturas, as seculares camadas de gelo que existem nos picos de diversas cadeias montanhosas desapareceriam. Por serem reservas naturais de água, seu fim agravaria ainda mais as possíveis grandes secas - que poderiam deixar mais de 1 bilhão de pessoas sem água potável.
Outro perigo é o derretimento das calotas polares. Segundo estudos, 75% das geleiras desaparecerão até o fim do século. Isso faria com que o nível do mar aumentasse de tal forma que cidades litorâneas como Rio de Janeiro, Santos e Salvador fossem inteiramente inundadas.
É importante observar que não estamos falando apenas dos pólos, mas também de picos nevados, atualmente.
Os cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) e do Instituto de Tecnologia da Califórnia afirmam que o aumento da temperatura está acelerando o derretimento das geleiras no sul da Groenlândia, que aumentam o nível do mar.
Esse dado foi comunicado após a análise dos dados de satélites sobre a velocidade do movimento das geleiras, entre 1996 e 2005.
Um dos cientistas da JPL, Erick Rignot disse o seguinte:
"É necessário muito tempo para que uma camada de gelo se forme e seja derretida, mas as geleiras podem reagir rapidamente às mudanças de temperatura"
Rignot afirmou que até agora na pesquisa sobre o derretimento do gelo na Groenlândia e sua relação com o aumento do nível do mar não tem sido considerada nem as mudanças que ocorrem na velocidade com que as geleiras deslizam para o mar.
O derretimento das geleiras montanhosas contribui para aumentar o nível do mar.
Nos últimos 30 anos está sendo estudado o derretimento do gelo das montanhas nos Andes, nos Alpes, nos EUA entre outros lugares.
De acordo com cientistas que publicaram na Science, o gelo das montanhas do Hemisfério Norte tem grande influência no aumento das águas. Segundo eles, as geleiras de montanhas no Alasca derreteram mais rápido nos últimos cinco anos do que nas últimas quatro décadas e contribuíram em 9% na elevação do nível do mar nos últimos 50 anos. Somente a Geleira Malaspina perde 2,7 quilômetros cúbicos de água por ano.
No Hemisfério Sul também se constata o derretimento do gelo. Na ilha Rei George, do arquipélago das Ilhas Shetland, cerca de 7% da área coberta de gelo foi perdida nos últimos 50 anos, com aumento da temperatura em 1,03 graus centígrados. O Brasil coleta informações meteorológicas na Antártica através de imagens de satélites, monitoradas pelo Laboratório de Pesquisas Antárticas e Glaciológicas (Lapag) do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Há dados que apontam um aumento de temperatura, desprendimento de icebergs e recolhimento das geleiras. Pesquisas de outros países como o Canadá e os Estados Unidos, apontam um aumento de 2 a 2,5 graus centígrados na temperatura da península norte da Antártica.
Observe, caro leitor, que o IPCC afirma que o aquecimento global irá aumentar o nível dos oceanos e se nada for feito cerca de 60metros, e não centímetros, irão subir. Porém, não se está falando de outras variantes existentes, nem muito menos do derretimento de “todo o gelo”, mas de apenas uma pequena parte dele. Mas de acordo com o NOAA se apenas o gelo da Terra derreter o nível do mar pode subir em média 304 metros, sem contar com a possibilidade de inundações causadas por chuvas torrenciais aliadas a soma das águas existentes no subsolo do planeta.
Outro dado importante, que geralmente se ignora é que a estrutura geomorfológica da Terra não era a mesma de hoje, no período pré-diluviano. Ou seja, o planeta não possuía tantas montanhas como possui hoje. Ainda, as “fontes do grande abismo” se abriram e começaram a jorrar, e as “comportas do céu” se abriram e começou a chover.
Portanto, podemos entender, e encontrar respaldo nas pesquisas científicas que o relato bíblico do Dilúvio é perfeitamente aceitável e comprovável.
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