sexta-feira, 25 de junho de 2010

O TEMPLO DE SALOMÃO E A ARQUEOLOGIA BÍBLICA

Autor: Robson T. Fernandes

Segundo alguns céticos da atualidade, o Templo de Salomão nunca existiu. Essa é uma afirmação muito utilizada por aqueles que desejar duvidar da veracidade histórica da Bíblia. Entretanto, sabemos da existência de três Templos que estiveram no Monte do Templo entre 960 a.C. e 70 d.C.

O primeiro, teve sua construção iniciada em 967 a.C. e destruição em 586 a.C. pelos babilônios.

O segundo, começou a ser reconstruído em 538 a.C., porém, passou cerca de 500 anos no processo de reconstrução, sendo concluído definitivamente, restaurado, pelo rei Herodes no período de 19 d.C. até 29 d.C.


Em termos históricos e arquitetônicos essa (Herodes) foi a terceira reconstrução do templo, porém, em termos religiosos foi a segunda porque a oferta dos sacrifícios não foi interrompida nesse meio tempo. Contudo, em 70 d.C. o exército romano destruiu o edifício.

A arqueologia tem prestado um grande serviço na comprovação de fatos bíblicos. Tanto é, que criou-se um novo ramo de arqueologia, a arqueologia bíblica. Esta, por sua vez, encontrou evidências do acampamento da décima legião romana no Monte Herzl em Jerusalém (a mesma legião que destruiu o Templo). De acordo com Flávio Josefo, historiador judeu do primeiro século, o Templo samaritano foi destruído por João Hircano em 113 d.C. essas ruínas foram encontradas, e descobriu-se a sua espessura, que possui 1,82m. descobriu-se, ainda, as portas e altares, onde se encontram as cinzas e os ossos dos sacrifícios. Descobriu-se, também, edifícios adjacentes, que se supõe serem uma residência real e um edifício administrativo. Esses edifícios possuem sua planta semelhante a planta do primeiro Templo, construído por Salomão, que possuía o palácio, a sala do trono, a casa da filha do faraó , o pórtico das colunas e a casa do bosque do Líbano.

O Templo Samaritano foi descoberto abaixo da Igreja bizantina de Maria Teótoco, do século V. Os escritos de Flávio Josefo relatam que o Templo Samaritano (abaixo da Igreja Bizantina) seria uma réplica do Templo de Zorobabel, pois é relatado que um sacerdote do Templo apaixonou-se por uma mulher chamada Nikaso (filha de um líder samaritano). O fato da mulher não ser judia obrigou o sacerdote (Menaém) a escolher entre o sacerdócio e a mulher. Este optou pela mulher, perdendo então o acesso ao Templo. O sogro do ex-sacerdote (Sambalate) construiu então um “Templo rival”, também num monte, o Monte Gerizim fazendo de Menaém o sumo sacerdote.

De acordo com o historiador e arqueólogo Yitzhah Magen, a narrativa de Flávio Josefo está correta, pois se constatou que os samaritanos adotaram todos os padrões e costumes judaicos no “Templo rival”.

Até 1967 o conhecimento do Templo de Salomão limitava-se a uma porção do “Muro das Lamentações” e a um trecho das Sagradas Escrituras. Sabia-se do Templo Samaritano (replica do Templo de Salomão), dos escritos de Flávio Josefo e outras evidências, porém, devido a impedimentos do governo muçulmano o Monte do Templo não poderia ser escavado, contudo em 1968 o arqueólogo Benjamim Mazar (com autorização) começou a realizar escavações na extremidade sul do muro ocidental e meridional do Monte do Templo, onde essas escavações coroaram a pesquisa já realizada – encontrou-se evidências da antiga existência do Templo e de sua glória.

Uma das peças que mais marcou as escavações foi um pedaço da balaustrada superior do Templo que havia se partido em dois pedaços, um maior e outro menor, e se achava a inscrição (no menor): “Ao Lugar das Trombetas”. Esse era o lugar onde os sacerdotes tocavam as suas trombetas convocando o povo para verem a glória de Deus, e foi nesse lugar que Deus começou a convocar os arqueólogos para verem e mostrarem ao mundo a glória da veracidade de Sua Palavra – A Bíblia.

As escavações continuaram e à medida que se escavava se descobriam novas evidências, objetos e construções, onde o que mais se destaca é o “Arco de Robinson” – parte do apoio de uma grande escadaria que ligava a parte superior e a inferior do lado sudoeste do Monte do Templo.

Achou-se ainda a “Escadaria Monumental” no muro meridional e suas portas (portas duplas e triplas) que eram o acesso principal para a população entrar no Templo.

No muro ocidental do Monte do Templo realizou-se uma das mais problemáticas escavações, devido ao governo muçulmano. Escavou-se a uma profundidade de 15,8 metros, iniciando-se os trabalhos em 1968 e concluindo-se em 1985, sob a direção de Dan Bahat (ex-arqueólogo distrital em Jerusalém com a Autoridade das Antiguidades de Israel). As escavações descobriram a porção exposta do muro Herodiano que possuí um comprimento de aproximadamente 275 metros com 90 centímetros a 1,20 metro de largura e 1,82 a 2,43 metros de altura. O túnel era chamado de “Túnel dos Rabinos”, pois se acredita que era por ele que os sacerdotes que oficializavam no Templo passavam.

As características desse muro são impressionantes, pois existe um trecho em que há blocos de pedra que possuem 3,35 metros de altura e variam de 182 a 12,80 metros de extensão. Estima-se que a maior pedra tenha em torno de 4,57 metros de altura, 12,80 metros de comprimento e 4,26 metros de profundidade, sendo mais pesada que a maior pedra encontrada nas pirâmides do Egito!

A maior pedra da grande pirâmide pesa em torno de 10.000 quilos, enquanto que a pedra encontrada nas escavações do Templo pesa cerca de 545.000 quilos.

No decorrer do Túnel do Muro Ocidental descobriu-se ainda um das antigas portas do Monte do Templo. É uma porta grandiosa que dava para a plataforma do templo em frente ao local onde ficava o ‘Santo dos Santos’, porém devido a complicações com o governo muçulmano essa porta foi hermeticamente fechada.

A foto, ao lado, mostra um trecho do túnel, onde do lado direito encontramos uma parte do muro de sustentação do Templo dos dias de Herodes.

Sabemos que o Templo de Herodes foi construído imediatamente acima do Templo de Salomão, com a mesma estrutura e provável arquitetura. Pela Engenharia civil podemos concluir, a partir do ‘alicerce’, estrutura colossal que deveria possuir o Templo.

Para que o leitor possa se familiarizar com as dificuldades dessas escavações, citamos o exemplo de 1996 quando 53 pessoas foram mortas, em uma revolta, por causa da abertura à visitação pública de uma nova saída que dava acesso ao “Túnel Hasmoneano”.

“Os Hititas eram considerados como uma lenda bíblica até que sua capital e registros foram encontrados em Bogazkoy, Turquia. Muitos pensavam que as referências à grande riqueza de Salomão eram grandemente exageradas. Registros recuperados mostram que a riqueza na antiguidade estava concentrada com o rei e que a prosperidade de Salomão é inteiramente possível”.
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Começamos, então, a perceber que as afirmações do tipo: “não há arquitetura monumental em Jerusalém”, “não foram achadas arquiteturas monumentais em Jerusalém”, “Davi e Salomão eram líderes tribais”... não passam de afirmações infundadas e falsas. Afirmações desse tipo podem, um dia, ser catalogadas no Guiness Book, como a maior coletânea de informações superignorantes, ou quem sabe superdesinteressantes.