terça-feira, 4 de março de 2014

A DISTORÇÃO DO CRISTIANISMO ATRAVÉS DE UMA LITERATURA ENFERMA


Uma análise das interpretações bíblicas distorcidas, autores não recomendados, liberalismo teológico, pensamento politicamente correto e a mudança no cristianismo pós-moderno

Pr. Robson T. Fernandes

No decorrer da história da humanidade, nos deparamos com muitas revoluções, movimentos e tendências que trouxeram seus benefícios e malefícios para a humanidade. Contudo, sempre encontramos a Escritura presente, deixando o seu legado. Dentre esses movimentos históricos, podemos destacar, inicialmente, o Iluminismo, que ocorreu por volta do século XVIII. Contudo, é importante destacar que o Iluminismo foi um movimento surgido dentro da Era da Razão, que compreendeu os séculos XVII e XVIII.

Muitas discussões teológicas e científicas foram travadas nesse período, a exemplo das discussões sobre geocentrismo e heliocentrismo, bem como os conceitos de Estado e suas formas de administração. Uma clara divergência de pensamento entre reformados e Iluministas é apresentada por Elwell (idem, p.306,307):
Calvino tinha visto o Estado como um instrumento divinamente estabelecido para a proteção da lei e da ordem, para a manutenção da moralidade e para a promoção da religião verdadeira, todas baseadas na Palavra de Deus. O conceito iluminado do Estado não desconsiderava totalmente a Deus. De modo geral, os pensadores do Iluminismo adotavam um conceito deísta de Deus, reconhecendo Sua existência como Criador, mas deixando ao homem e à sua razão a direção da sua própria vida. O conceito iluminado do Estado reconhecia a Deidade, mas propunha alvos essencialmente humanistas para a sociedade, e insistia em que tanto os fins quanto os meios deviam ser determinados pela razão agindo de acordo com a natureza.
Então, aqui vemos mais uma vez o ressurgimento do debate sobre a Graça Comum e sua relação com o mandato social e cultural. Se, para o Reformado, o Estado era instrumento de Deus para a manutenção do bem, para o Iluminista, o Estado deveria ser guiado não pelos valores da Escritura, mas pelo poder da razão humana, independente de Deus. A partir desse pensamento, temos como fruto do Iluminismo, o Movimento Teológico, conhecido como Protestantismo Liberal, cujo mentor foi Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher (1768-1834). E do Protestantismo Liberal, temos o surgimento do Liberalismo Teológico.

No Liberalismo Teológico encontramos a negação da suficiência das Escrituras sendo propagada no seio da Igreja, apesar deste ter sido um dos pontos fundamentais da Reforma Protestante – Sola Scriptura. E, muito mais, a negação ou esquecimento de uma das maiores advertências feitas pelo Senhor e pelos profetas e apóstolos (Dt 4:2, 12:32; Pv 30:6; Jo 5:39; 2Tm 3:16; 2Pe 1:20, 21; Ap 22:18).

Portanto, “quanto à religião, o espírito dessa era firmou o princípio de que para as necessidades humanas seria suficiente apenas uma religião alcançada ou criada pela própria razão” (NICHOLS, 1985, p.202,203).

Dessa forma, quando observamos os frutos do Iluminismo, aliados ao Gnosticismo, temos a formulação do ambiente e dos ensinos necessários à introdução de muitas distorções na Igreja até os dias de hoje. Um dos filhos do gnosticismo do primeiro século, na atualidade, é o Liberalismo Teológico, Teologia Liberal, como confirma Ferreira (2012, online): “a teologia liberal é mais propriamente uma heresia, mera variante do gnosticismo enfrentado pela igreja em seus primórdios”.

Outra consequência do gnosticismo do primeiro século é o neopentecostalismo na atualidade. Ao compararmos a relação existente entre o Gnosticismo e o neopentecostalismo, podemos ver as semelhanças de crença entre os dois:

GNOSTICISMO
NEOPENTECOSTALISMO
Creem que dentro do homem natural há um “homem interior”. Este seria uma centelha da substância divina (HOELLER, 2005)
Ensinam que “VOCÊ TEM O PODER DE DEUS à sua disposição” (COPELAND, 1995, p.19)

Ensinam que cristãos são “pequenos messias [...] PEQUENOS DEUSES” (HINN, 1990)
Creem que a divindade de cada homem pode ser despertada (HOELLER, 2005)
Ensinam que “NEM JESUS CRISTO TEM UMA POSIÇÃO MAIS ELEVADA DO QUE NÓS DIANTE DE DEUS” (HAGIN, 1989, p.79)

“Adão e Eva foram postos no mundo como uma semente da expressão de Deus. Tal como os cachorros procriam cachorrinhos e os gatos, gatinhos, assim Deus tem deusinhos e, ATÉ QUE COMPREENDAM QUE SOMOS PEQUENOS DEUSES, não poderemos manifestar o Reino de Deus” (PAULK, 1984. p.97)
Creem que o despertamento do homem é realizado por meio do conhecimento (HOELLER, 2005)
Ensinam que “[...] a força poderosa do mundo espiritual que cria as circunstâncias ao nosso redor é controlada pelas PALAVRAS DA BOCA. Essa força VEM DO NOSSO INTERIOR” (COPELAND, 1974, p.88)

Ensinam que têm a “PALAVRA REVELADA” (RHEMA, 2010, online)
Creem que o despertamento dessa divindade ocorre por meio de experiências e revelação (HOELLER, 2005)
Ensinam que “Depois que JESUS APARECEU A MIM em 1952 e me ensinou [...]” (HAGIN, 1988, p.70)

Ensinam que “Uma noite O SENHOR ME APARECEU e me informou que eu havia sido escolhida para uma tarefa especial” (BAXTER, 1997, p.6)
Creem que o “Cristo espiritual” entrou em Jesus no momento do batismo (HOELLER, 2005)
Ensinam que “Antes de Cristo iniciar Seu ministério, três coisas importantes aconteceram. Primeira, Ele foi batizado; segunda, ELE FOI UNGIDO E RECEBEU PODERES DO ESPÍRITO SANTO; e terceira, Ele foi conduzido pelo Espírito Santo” (HINN, 1995, p.115,116)

Ensinam que “Se o Espírito Santo não estivesse com Jesus, ELE TALVEZ TIVESSE PECADO. É isso mesmo. O Espírito Santo foi o poder que O manteve puro. Ele não foi só enviado pelo céu, mas foi chamado de Filho do homem – E COM TAL PODIA PECAR. O fato de não ter pecado não significa que não podia fazê-lo [...] SEM O ESPÍRITO SANTO, Jesus talvez não cumprisse o seu propósito” (HINN, 2005, p.130).
Creem que Jesus não veio em carne, e, por isso, não morreu fisicamente na cruz (HOELLER, 2005)
Ensinam, sobre Jesus, que “A morte física não removeria os nossos pecados. Provou a morte por todo homem - A MORTE ESPIRITUAL” (HAGIN, 1988, p.26)

O pensamento politicamente correto

Para a nossa tristeza, a Igreja de hoje já abraçou o pensamento politicamente correto. A igreja está muito acomodada e anda na busca de uma vida politicamente correta para satisfazer os outros, para agradar gregos e troianos, porque esta filosofia politicamente correta busca tornar a linguagem neutra, evitando ofender certas pessoas ou grupos sociais. Mas nós não fomos chamados para ser politicamente corretos, e sim para ser biblicamente santos!

Precisamos relembrar que com as pessoas humildes, simples, genuínas e que buscavam entendimento Jesus falava com suavidade, paciência e graça. Com os religiosos que distorciam as Sagradas Escrituras Jesus era direto, claro, incisivo e duro. João Batista chamou fariseus e saduceus de Raça de Víboras (Mt 3:7); Jesus chamou os líderes religiosos que distorciam a Escritura de filhos do diabo (Jo 8:44) e disse que era melhor que eles se matassem ao invés de continuar fazendo os pequeninos do Reino de Deus tropeçar (Mt 18:6), chamou-os de hipócrita (Mt 6:2), raposa (Lc 13:32), falso profeta (Mt 7:15), falso cristo (Mt 24:24), mentiroso (Jo 8:44), filho do diabo (Jo 8:44), mercenário (Jo 10:13), sepulcro caiado (Mt 23:27), desgraçado, miserável, pobre, cego e nu (Ap 3:17), serpentes, raça de víboras, condenados (Mt 23:33), filho do maligno (Mt 13:38), assassino de profeta (Mt 23:31); o apóstolo Pedro chamou os líderes religiosos de assassinos (At 5:30); Estevão chamou os líderes religiosos que distorciam as Escrituras de homens de dura cerviz, incircuncisos de coração e ouvido, perseguidores de profetas e assassinos de Jesus (At 7:51,52); o apóstolo Paulo chamou aqueles que distorciam as Escrituras de apóstatas, seguidores de espíritos enganadores e de doutrinas de demônios, hipócritas, mentirosos e possuidores de mentes cauterizadas (1Tm 4:1,2); e até o apóstolo João, que é conhecido como o apóstolo do amor, chamou aqueles que distorcem as Escrituras de anticristos (1Jo 2:18), mentiroso (1Jo 2:22) e enganador (2Jo 1:7).

Porém, a despeito de tudo isso, muitos cristãos têm ignorado essa verdade e produzido uma espécie de cultura paralela, enquanto outros, em igual desequilíbrio, têm se amoldado completamente ao mundo, fazendo com que a Igreja se pareça com uma versão cristianizada do secular. Com isso, temos duas posições desequilibradas e antagônicas, que ora reprovam tudo o que venha de uma fonte não cristã e ora aceitam toda e qualquer coisa em nome de um pensamento politicamente correto e uma distorção de valores, produzido por um liberalismo sem limites. Esse pensamento politicamente correto busca a acomodação de uma vida que preza pela satisfação do próximo e seu bem estar, tentando a todo custo agradar gregos e troianos, porque esta filosofia busca tornar a linguagem neutra, evitando tratar de certos assuntos que seriam ofensivos para certas pessoas ou grupos sociais.

O grande problema nessa questão é que nós não fomos chamados para ser politicamente corretos, e sim para sermos biblicamente santos!

O querido pastor Paul Washer utiliza dois exemplos que ilustram muito bem a atual situação da Igreja. O primeiro exemplo é este:
Às vezes, pessoas me pedem: “Irmão Paul, por favor, venha aqui e pregue uma extensa série de sermões sobre os atributos de Deus”. E, muitas vezes, eu respondo: “Bem, meu irmão, você pensou bem nisso?”.Lembro uma conversa específica em que o pastor replicou: “O que você quer dizer com ‘você pensou bem nisso?’”.“Bem, o assunto que você propôs que eu ensine em sua igreja é muito controverso.”“O que você acha controverso? O assunto é Deus. Somos cristãos. Isto é uma igreja. O que você está dizendo que é controverso?”Eu respondi: “Querido pastor, quando eu começar a ensinar as pessoas de sua igreja sobre a justiça de Deus, a soberania de Deus, a ira de Deus, a supremacia de Deus e a glória de Deus, alguns dos melhores e mais antigos membros da igreja se levantarão e dirão algo assim: ‘Esse não é o meu deus. Eu nunca poderia amar um deus como esse’. Por quê? Porque eles têm um deus que criaram com sua própria mente e amam o que criaram”. (WASHER, 2012, p.21,22)
Para a maior tristeza de nossos corações, essa é a mais pura verdade.

O segundo exemplo que o querido Pr. Paul Washer utiliza é esse:
Se minha esposa estivesse em uma loja tarde da noite, e, como homem, você entrasse, visse alguns homens abusando dela, mas abaixasse a cabeça e, em nome da preservação, saísse, quero dizer-lhe algo, meu amigo: eu não procuraria aqueles homens – eu procuraria você.A igreja é a noiva de Cristo. Ela é tão preciosa para Cristo. Haverá um custo para você servir a Jesus. Pode custar a sua igreja, a sua reputação, a sua denominação – pode custar-lhe tudo. Mas a noiva de Cristo é digna disso! (Idem, p.69,70)
A interpretação bíblica em literaturas distorcidas

O meio evangélico no qual nos encontramos hoje tem se tronado cada vez mais complicado, especialmente pela quantidade, cada vez mais crescente, de televangelistas que utilizam os meios de comunicação para exercer influência em benefício próprio, distorcendo a mensagem do Evangelho de Cristo e arrebanhando um número cada vez maior de seguidores. Se por um lado a mídia deveria ser utilizada como um instrumento benéfico de propagação do Evangelho, infelizmente, pelas exigências que são feitas e a que se submentem tais televangelistas, é que Robert McAlister[1] afirmou que a “televisão cria monstros”. O seu filho, Walter McAlister, fez a seguinte declaração:
Meu pai fez um programa de televisão durante um tempo. Ele me disse: “Televisão cria monstros”. Eu vi o quanto ele lutava contra a vaidade gerada pelo fato de ser conhecido na rua. Ele mesmo me confessou como a vaidade era um problema para ele, por causa de sua fama. Televisão evangélica apenas cria celebridades, não avança a causa de Cristo. Por quê? Porque não se assiste a televisão para ouvir a verdade. É como levar a mensagem do Evangelho para o circo e pregar entre o show dos macacos amestrados e o dos palhaços. Pessoas não vão ao circo para ouvir o Evangelho, e sim para se divertir com os macacos, os palhaços, os acrobatas. Então, de repente, o Evangelho se insere num contexto completamente contrário àquele que tem a estrutura necessária para transmiti-lo. E o que acontece? Leva-se a Arca para fora do Santo dos Santos, para o campo de batalha. No popular: a Igreja vira circo. Com isso, a Igreja perde a batalha, pois, em vez de se concentrar naquilo que é sagrado, construir comunidade, ensinar a verdade e formar bons discípulos, está numa guerra voltada para determinar quem grita mais alto no meio do circo chamado “televisão”. (MCALISTER, 2009, p.40)
Os falsos ensinos são sedutores e atrativos, exatamente porque contêm uma mensagem que vai de encontro às necessidades materiais e ilusórias que o mundo impõe à sociedade. Temos nos tornado cada vez mais hedonistas[2], e isso é uma característica marcante de uma sociedade que está morrendo. Mas infelizmente, essas distorções que têm penetrado na igreja cada vez mais, são apenas o resultado daquilo que a própria Escritura já alertava:
O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos (Oséias 4:6)Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus (Mateus 22:29)
Mais ainda, a profecia bíblica já nos alertava sobre a existência de tais problemas e dos falsos profetas dentro da igreja. O problema é que muitas pessoas entendem o texto bíblico e até O aceitam como verdadeiro e inspirado, porém, não conseguem discernir os tempos e nem aplicá-Lo no dia a dia em suas vidas. Com isso, se por um lado aceitam a verdade da Sagrada Escritura, por outro não conseguem entender que esta verdade está se cumprindo em nossos dias e diante de nossos narizes. Muitas pessoas concordam com o fato de que os falsos profetas são uma realidade, mas não conseguem identificar quem são, e nem aceitam o fato de que estão seguindo, admirando e até contribuindo com esses falsos profetas.

O apóstolo Paulo, há aproximadamente dois mil anos atrás, já alertava o amado pastor Timóteo para que este instruísse os irmãos sobre essa realidade e seus perigos para a vida cristã:
Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.Pois entre estes se encontram os que penetram sorrateiramente nas casas e conseguem cativar mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões, que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade.E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade. São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à fé; eles, todavia, não irão avante; porque a sua insensatez será a todos evidente, como também aconteceu com a daqueles.Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança, as minhas perseguições e os meus sofrimentos, quais me aconteceram em Antioquia, Icônio e Listra, - que variadas perseguições tenho suportado! De todas, entretanto, me livrou o Senhor.Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados.Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. (2Timóteo 3)
Por outro lado, precisamos entender que muitas pessoas têm sido enganadas por inexperiência ou por uma orientação distorcida de seu líder. Esse é o caso dos neófitos (novos convertidos). Hank Hanegraaff explica da seguinte maneira:
Tenho encontrado pessoalmente diversas pessoas queridas que se enquadram nessa categoria. Não questiono sua fé nem sua devoção a Cristo. Eles integram aquele segmento do Movimento da Fé que, por alguma razão, não compreenderam nem internalizaram os ensinamentos heréticos apresentados pela liderança de seus respectivos grupos. Em muitas instâncias, são novos convertidos ao cristianismo que ainda não se firmaram bem na fé. Mas nem sempre é esse o caso (HANEGRAAFF, 1996, p.43)
Os falsos profetas têm iludido milhares, ou talvez milhões, de pessoas através de suas práticas heréticas e costumes irreverentes, apesar da Bíblia Sagrada há muito já alertar sobre tais fatos (2Tm 4:1-4).

O que mais me chama a atenção é o fato dessas pessoas possuírem Bíblias e não atentarem para as Suas advertências. O texto Bíblico é claro acerca da necessidade de se atentar para o ensino Escriturístico, procurando não cair nas garras do erro. Vejamos:
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade (2 Timóteo 2:15)
O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos (Oséias 4:6)
Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus (Mateus 22:29)
John Ankerberg e John Weldon resumiram essa falha, da seguinte forma:
Muitos cristãos têm hoje a infeliz noção de que não necessitam estudar a Bíblia por si mesmos. Essa idéia é espiritualmente prejudicial, pois impede os cristãos de amadurecerem na fé e os torna suscetíveis a falsos ensinamentos e estilos de vida mundanos. Não obstante, a Bíblia está repleta de admoestações para os crentes estudarem as verdades da sua fé (ANKERBERG; WELDON, 1996, p. 21)
A Sagrada Escritura nos fala acerca das pessoas que apresentam falsos ensinos, denominando-as de “falsos profetas”. A definição apresentada pela Wikipédia é essa:
Falso profeta é a rotulação dada a uma pessoa que ilegitimamente se proclama detentora de dons do Espírito Santo. Tal rotulação pode tanto decorrer de um falso dom carismático, como do uso do mesmo para fins demagógicos ou demoníacos (WIKIPÉDIA, Online)
Tais pessoas têm suas práticas em comum com outros em outras partes do globo e em outros períodos da história. Por isso, podemos ver falsos profetas com práticas semelhantes em locais e (ou) períodos de tempo distintos.
Os mestres do Movimento da Fé alegam que Deus opera por leis espirituais, e que é obrigado a obedecer aos comandos espirituais dos crentes cheios do Espírito. Ele não só revela a doutrina na prosperidade sobrenaturalmente aos mestres da fé, mas também confirma verbalmente e pessoalmente suas interpretações das Escrituras (COPELAND, 1974, p. 60–62)
Exemplos de autores não recomendados
Aimee McPerson
Benny Hinn
Bob Tilton
Cássio Colombo
Cesar Castellanos
Charles Capps
Creflo Dollar
Cristiano Netto
E. W. Kenyon
Edir Macedo
Fred K. Price
Hobart Freeman
Jerônimo Onofre da Silveira
Jerry Savelle
John Osteen
Jorge Linhares
Joyce Meyer
Kenneth Copeland
Kenneth Hagin
Kenneth Hagin Jr.
Lester Sumrall
Mike Murdock
Morris Cerullo
Randy Clark
R. R. Soares
Rebeca Brown
René Terra Nova 
Rex Humbard
Rinaldo de Oliveira
Robert Tilton
Robson Rodovalho
Sônia Hernandes
T. L. Osborn
Valnice Milhomens
A Influência do Liberalismo Teológico e do Pensamento Politicamente Correto

No Liberalismo Teológico encontramos a negação da suficiência das Escrituras sendo propagada no seio da Igreja, apesar deste ter sido um dos pontos fundamentais da Reforma Protestante – Sola Scriptura. E, muito mais, a negação ou esquecimento de uma das maiores advertências feitas pelo Senhor e pelos profetas e apóstolos (Dt 4:2, 12:32; Pv 30:6; Jo 5:39; 2Tm 3:16; 2Pe 1:20, 21; Ap 22:18).

Portanto, “quanto à religião, o espírito dessa era firmou o princípio de que para as necessidades humanas seria suficiente apenas uma religião alcançada ou criada pela própria razão” (NICHOLS, 1985, p.202,203).

Diante de todos esses embates colossais, encontrava-se o cristianismo e sua luta pela preservação da identidade.

Por outro lado, quando o Liberalismo Teológico[3] aflorou, a reação foi diferente. Com a chegada da Teologia Liberal, primeiramente surge, como reação e tentativa de preservação da identidade do cristianismo bíblico, o fundamentalismo. Olson (2001, p.547,548) faz o seguinte comentário:
A visão triunfalista dos teólogos protestantes liberais foi prematura. Embora esse novo tipo de teologia fosse uma influência a ser levada em conta na teologia protestante, não ficaria sem contestação. Já em 1901, teólogos protestantes ortodoxos da Europa e da América do Norte uniram forças para lutar contra ela. Não demorou a surgir entre eles uma coalizão de teólogos, pastores e cristãos leigos cultos para criar uma batalha teológica contra o que chamavam de “modernismo” da teologia. Essa nova e intensa forma de tradicionalismo ortodoxo se tornaria conhecida como “fundamentalismo”. Arraigados na ortodoxia protestante e impulsionados pelo espírito militante antimodernista (especialmente em teologia), os fundamentalistas fizeram uma campanha para eliminar das denominações protestantes as influências liberais e modernistas. Acusaram a teologia liberal de ser uma religião diferente do cristianismo, de ser o unitarismo disfarçado, mais racionalista e humanista do que centralizado no evangelho.
Aqui, a reação fundamentalista apresentou um verdadeiro combate frente ao Liberalismo Teológico. Porém, outro movimento ainda mais devastador para o Liberalismo surgiu, a Neo-ortodoxia[4]. Enquanto o fundamentalismo utilizava a ortodoxia protestante ou o puritanismo como raízes, a neo-ortodoxia buscava suas raízes na Reforma Protestante, especialmente na figura de Lutero. Ainda, a neo-ortodoxia se propunha a adaptar alguns aspectos do cristianismo à modernidade, mas defendiam que o Liberalismo havia se adaptado de forma exagerada.

O surgimento da Alta Crítica também é apresentando por Ferreira (2007, p.102) como fruto do Iluminismo:
O ceticismo de Hume e Kant sobre a Escritura plantou sementes que brotaram na alta crítica[5] da Escritura. Essencialmente, as idéias de Hume e Kant alimentaram a negação da existência de Deus - o naturalismo filosófico - no pensamento de Feurbach, Freud, Marx e outros filósofos. As teorias de Friedrich Scheielermacher, David Strauss e outros teólogos liberais do século XIX, que negavam as doutrinas centrais da fé cristã, eram alicerçadas na mesma negação da veracidade das Escrituras. A alta crítica da Bíblia, sob influência desses pressupostos, deu à luz a teoria JEDP acerca da autoria do Pentateuco. Essa teoria negava a autoria mosaica, atribuindo a origem do Pentateuco a vários autores e redatores que só terminaram os livros no período pós-exílico. Também negaram a autoria tradicional de Isaías, Daniel, dos evangelhos e de várias das que epístolas do Novo Testamento [...] Segundo o raciocínio liberal, a impossibilidade dos milagres anula todas as profecias da Bíblia [...] afirmam que todos os evangelhos foram escritos depois do ano 70, por outras pessoas que não os apóstolos.
Outro legado nocivo do Iluminismo é apresentado também por Ferreira (idem, p.104), e este diz respeito ao Existencialismo, pois “teólogos existencialistas, como Rudolf Bultmann, negaram inteiramente a experiência pessoal de um encontro com Deus, ao dizer que a revelação é um encontro que resulta no auto-entendimento”.

Em resumo, o Liberalismo Teológico, filho do Iluminismo, agride todas as áreas essenciais que caracterizam e identificam o cristianismo bíblico. Por essa razão, é dito que tal pensamento não é cristianismo, mas outra religião. Portanto, a luta pela preservação da identidade do cristianismo tornou-se mais acirrada e, a partir desse momento, mais intelectualizada com a Era da Razão. Porém, essa intelectualização precisa do equilíbrio destacado pelo Pietismo. Esse equilíbrio deve ser caracterizado pela busca de uma doutrina ortodoxa e pelo zelo associado a uma vida que corresponda àquilo que é ensinado. A isto, chama-se de piedade.

O liberalismo Teológico, ainda, foi outra grande influência na vida do cristianismo alemão e que o levou a aderir ao nazismo. Isso porque o seu método de interpretação, o Histórico-crítico, trabalhou na desconstrução da ortodoxia bíblica, ao utilizar os pressupostos iluministas para reconstruir uma nova visão da Bíblia e do mundo através das obras de Albert Ritschl, Adolf von Harnack e Ernst Troeltsch. A influência do liberalismo nas igrejas alemãs no século XIX foi assustadora e cooperou, trabalhou, para construir um Jesus diferente daquele apresentado na Escritura, bem como a Sua mensagem. Com isso, passaram a viver um cristianismo diferente daquele pretendido pela Escritura, e, por isso, viveram um cristianismo que não era Cristianismo. Então, a crise financeira, aliada ao darwinismo social e ao Liberalismo Teológico foram fatores que, unidos, prepararam o caminho para o genocídio nazista. Analogamente, fica a questão: Será que as condições favoráveis que a Igreja brasileira encontra hoje não serão o alicerce para uma futura perseguição, já que os mesmos fatores encontrados na Alemanha da 2ª Guerra são os mesmos vivenciados hoje?

Vemos, aparentemente, uma Igreja Evangélica Brasileira alardeando a prosperidade aos quatro cantos, em detrimento da crise financeira brasileira, e até mundial; Temos visto no Brasil o ressurgimento do Liberalismo Teológico, assim como foi na Alemanha; Estamos acompanhando um sistema de governo fundamentalmente marxista e que luta pela implantação dos ideais socialistas em nosso país, semelhante à Alemanha que adotou o nacional-socialismo; A Igreja Evangélica Brasileira tem experimentado um considerável aumento do seu número de membros, assim como a igreja alemã da época; Assim como foi na Alemanha, hoje temos convivido com o aumento do método histórico-crítico na igreja brasileira; Enquanto na Alemanha se viu um maior engajamento da Igreja na política, formando seu próprio partido, hoje, no Brasil, vemos a mesma prática de engajamento político-partidário; Assim como na Alemanha surgiu um movimento que clamava pelo retorno à Reforma, no Brasil temos visto o atual clamor por uma Nova Reforma; E, mais recentemente, temos convivido com uma série de manifestações em todo o território nacional, assim como foi na Alemanha antes da 2ª Guerra.

Será coincidência ou a história está se repetindo, especialmente quando os olhos do mundo estão voltados para o Brasil como uma das possíveis potências evangélicas do mundo no futuro, assim como foi a influente Alemanha Reformada?

A mudança histórica no cristianismo global

Um dos principais problemas encontrados hoje diz respeito a diversidade religiosa, especificamente. Aqui não estamos nos referindo aos aspectos da cultura que são sutilmente distorcidos pelo paganismo e pela gradativa depravação da natureza humana caída. Não. Estamos nos referindo à prática do paganismo de forma aberta e clara. A judaização, gnosticismo, nicolaísmo, ecumenismo, paganismo em geral, esoterismo, cristianismo distorcido pelo catolicismo, ascetismo, legalismo, liberalismo, questões éticas, problemas morais, heresias cristológicas, heresias trinitarianas, heresias pneumatológicas, falsos mestres, falsos cristos e uma gama de outras heresias e distorções presentes desde o início do cristianismo, têm estado presente em nossos dias também, porque “o mundo em que Jesus nasceu, no qual a pregação cristã deu seus primeiros passos e que contribuiu para dar forma à igreja, era bem parecido ao mundo deste século 21” (GONZÁLEZ, 2010, p.121). Portanto, é importante que se conheça a história da Igreja e se aprenda como os expoentes do passado trataram essas questões, para que saibamos como agir hoje, diante dos mesmos problemas, pois “não há nada novo debaixo do sol” (Ec 1:9).

Todas essas influências, citadas anteriormente, não estão relacionadas simplesmente à vida acadêmica e teológica. Antes, elas têm implicações diretas na vida cotidiana do cristão, bem como na liturgia de seus cultos. Essa influência, ou a não influência, determinará que tipo de vida e de cristianismo serão vividos. Diante dessa preocupação, que tem se tornado cada vez mais comum, muitas igrejas têm despertado para a necessidade de se retornar às práticas comuns entre os cristãos antigos, pois os mesmos, antes de nós, enfrentaram tais problemas e os venceram, na luta pela tentativa de preservação do cristianismo bíblico. Por isso, Jenkins (2002, p.183) faz o seguinte comentário:
A necessidade prática forçou algumas novas igrejas a ressuscitar antigos costumes, há muito adormecidos na cristandade mais antiga. Um exemplo notável é o catecumenato, ou etapa preparatória pela qual se exigia que passassem os novos cristãos para se tornarem integrantes plenos da Igreja. Na Igreja antiga, essa era uma instituição importante, associada à formação rigorosa e à revelação gradativa dos mistérios da fé [...] Em muitas sociedades africanas e asiáticas, é razoável presumir que os novos cristãos venham de origens pagãs e religiões inteiramente diferentes, de modo que eles precisam de intensa formação e preparação como catecúmenos.
Essa realidade de sincretismo religioso tem despertado as igrejas mais recentemente para a realidade de trazer de volta os seus membros para o Catecismo, que normalmente centraliza a sua atenção para a compreensão do Credo Apostólico, o significado dos Dez Mandamentos e o entendimento da oração do Pai Nosso. Mas, dependendo da denominação, a forma como o Catecismo é apresentado pode mudar.

Por outro lado, ainda assim, podemos encontrar muita resistência, em diversas igrejas, à prática do Catecismo, e isso ocorre por diversos fatores, iniciando pela falta de conhecimento histórico de seu significado. Outro motivo é a associação de tal termo com a prática da Igreja Católica, e por isso, gera-se essa divergência e rejeição. Contudo, é necessário compreender que o Catecismo é uma prática comum e originada entre os cristãos antigos e não é uma patente da ICAR[6]. Dessa forma, temos presenciado, como já foi dito, a farta existência de membros e de ministros que desconhecem as suas origens, funções e objetivos bíblicos. Diante dessa realidade, Muller (apud DEVER, 2009, p.25) faz o seguinte comentário:
Os seminários são culpados de criar várias gerações de ministros e professores que são fundamentalmente ignorantes dos materiais da tarefa teológica, e prontos para usar como argumento (em defesa de si mesmos) a irrelevância do estudo clássico na preparação prática para o ministério. O triste resultado tem sido a perda, em muitos lugares, da função cultural central da igreja no ocidente, e a substituição de ministros cultural e intelectualmente ricos por um grupo de práticos diretores de operações que podem fazer qualquer coisa, exceto tornar a mensagem teológica da igreja relevante no contexto contemporâneo.
Por isso, acreditamos que parte dos problemas existentes hoje, e que possuem suas raízes no passado, seriam grandemente amenizados se as igrejas voltassem a sua atenção com todo o carinho e dedicação ao ensino bíblico, hermeneuticamente contextualizado[7], buscando praticá-lo com toda diligência e respeito que são devidos, pois a verdadeira liberdade só vem através do conhecimento da verdade (Jo 8:32), e a única forma de caminhar de forma digna, após ter sido regenerado pela obra de Cristo, é observar a Sagrada Escritura (Sl 119:9). Por isso, a Igreja precisa de uma reforma na atualidade, e esta reforma deve possuir seu alicerce na Escritura, se comportando de forma prática como “coluna e firmeza da verdade” (1Tm 3:15), sendo em todo o tempo firme e constante, tendo a consciência de que sendo abundante na obra do Senhor, o seu trabalho não será em vão (1Co 15:58) e que “as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16:18).





NOTAS

[1] Robert McAlister foi o fundador da Igreja Pentecostal de Nova Vida e o pioneiro a transmitir o Evangelho pela televisão brasileira, com o programa “Coisas da Vida”, na TV Tupi. Posteriormente, desistiu de fazer uso da TV como meio de “evangelização”.

[2] Hedonismo é uma doutrina filosófico-moral (pensamento) que afirma que o prazer é o bem supremo da vida humana.

[3] O Liberalismo Teológico é considerado um dos filhos do Iluminismo.

[4] A Neo-ortodoxia, também conhecida como: Teologia Dialética, Teologia da Crise ou Teologia da Palavra, foi um movimento surgido na Europa na década de 1920 e que afirmava que somente Cristo seria a Palavra de Deus e não a Escritura. Seus principais proponentes foram: Emil Brunner, Friedrich Gogarten, Eduard Thurneysen, Rudolf Bultmann e Karl Barth. Curiosamente, foi o movimento que mais atacou o Liberalismo.

[5] A Alta Crítica é o estudo da estrutura literária da Bíblia partindo da negação de sua Inspiração, Inerrância, Infalibilidade e Suficiência. A Baixa Crítica direciona seus estudos aos autores, tempo, realidade geográfica e social, processo de formação, transmissão do texto na história e o contexto envolvido na formação do texto bíblico, que é chamado em alemão de Sitz im Leben.

[6] ICAR: Igreja Católica Apostólica Romana.

[7] A expressão hermeneuticamente contextualizado se refere àquilo que é nomeado de hermenêutica histórico-gramatical.


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