sexta-feira, 2 de maio de 2014

A SOPA PRIMORDIAL: O CASO DE OPARIN E COMPANHIA


Uma pequena reflexão sobre a discussão entre Biogênese e Abiogênese

Robson T. Fernandes

A origem da vida tem sido um dos pontos de debate no assunto Criação x Evolução. Para entender a ideia defendida pelo evolucionismo extraí um trecho do site da Universidade Federal de Mato Grosso que trata do assunto. Vejamos:

“Em 1936, Alexander Oparin propõe uma nova explicação para a origem da vida. Sua hipótese se resume nos seguintes fatos:
  • Na atmosfera primitiva do nosso planeta, existiriam metano, amônia, hidrogênio e vapor de água.
  • Sob altas temperaturas, em presença de centelhas elétricas e raios ultravioleta, tais gases teriam se combinado, originando aminoácidos, que ficavam flutuando na atmosfera.
  • Com a saturação de umidade da atmosfera, começaram a ocorrer as chuvas. Os aminoácidos eram arrastados para o solo.
  • Submetidos a aquecimento prolongado, os aminoácidos combinavam-se uns com os outros, formando proteínas.
  • As chuvas lavavam as rochas e conduziam as proteínas para os mares. Surgia uma "sopa de proteínas" nas águas mornas dos mares primitivos.
  • As proteínas dissolvidas em água formavam colóides. Os colóides se interpenetravam e originavam os coacervados.
  • Os coacervados englobavam moléculas de nucleoproteínas. Depois, organizavam-se em gotículas delimitadas por membrana lipoprotéica. Surgiam as primeiras células.
  • Essas células pioneiras eram muito simples e ainda não dispunham de um equipamento enzimático capaz de realizar a fotossíntese. Eram, portanto, heterótrofas. Só mais tarde, surgiram as células autótrofas, mais evoluídas. E isso permitiu o aparecimento dos seres de respiração aeróbia.
  • Atualmente, se discute a composição química da atmosfera primitiva do nosso planeta, preferindo alguns admitir que, em vez de metano, amônia, hidrogênio e vapor de água, existissem monóxido de carbono, dióxido de carbono, nitrogênio molecular e vapor de água.
Oparin não teve condições de provar sua hipótese. Mas, em 1953, Stanley Miller, na Universidade de Chicago, realizou em laboratório uma experiência. Colocou num balão de vidro: metano, amônia, hidrogênio e vapor de água. Submeteu-os a aquecimento prolongado. Uma centelha elétrica de alta tensão cortava continuamente o ambiente onde estavam contidos os gases. Ao fim de certo tempo, Miller comprovou o aparecimento de moléculas de aminoácido no interior do balão, que se acumulavam no tubo em U.”

Em primeiro lugar, é preciso listar as condições sugeridas por Oparin, como visto no texto da UFMT:

1. Atmosfera redutora
- sem oxigênio, mas rica em hidrogênio;
- Falta de ozônio nas camadas superiores da atmosfera;
- Bombardeamento constante da superfície da Terra com raios U.V.

2. O Hidrogênio (H2)
- Principal constituinte, tenderia a reduzir as outras moléculas;
- Atmosfera sem azoto e sem dióxido de carbono.

3. Produção de gases provenientes da atividade vulcânica
- Hidrogênio (H2);
- Metano (CH4);
- Amoníaco (NH3);
- Vapor de água.

4. Complementos
- Atmosfera primitiva conteria ainda:
- Dióxido de carbono (CO2);
- Azoto (N2);
- Monóxido de carbono (CO);
- Sulfureto de hidrogênio (H2S).

Queremos, a partir de agora, apresentar os Erros que Oparin cometeu, Miller repetiu, e tantos outros:


Oparin, Miller e outros afirmaram que a atmosfera primitiva era desprovida de O2. Afirmaram que o oxigênio era produzido pela vegetação, e que esta só viria surgir muito tempo depois.

Essa afirmação está errada!

Vejamos o que alguns cientistas dizem a respeito:
Como outros aspectos da origem da Terra, a formação da sua atmosfera deriva da teoria escolhida para justificar a origem do sistema solar. Qualquer teoria séria, porém, envolve condições que deveriam ter levado ao acúmulo de uma atmosfera de gás em torno de qualquer corpo planetário suficientemente sólido para suportá-lo. Quais os gases presentes e em que proporções, são perguntas deixadas a cargo da especulação em lugar de qualquer certeza real
J. H. Rush. The Dawn of Live, Garden City, pág. 79
Não há prova científica que a Terra alguma vez tenha tido uma atmosfera sem oxigênio como os Evolucionistas requerem. Rochas mais antigas da Terra contêm evidências de terem sido formadas em uma atmosfera com oxigênio. Evidências de oxigênio livre têm sido encontradas em rochas supostamente 300 milhões de anos mais velhas que as primeiras células vivas
Harry Clemmey e Nick Badham, "Oxygen in the Precambrian Atmosphere: An Evaluation of the Geological Evidence", p. 141 / "Smaller Planets Began with Oxidized Atmospheres", New Scientist, Vol. 87, No. 1209, p. 112.

John Gribbin, "Carbon Dioxide, Ammonia – and Life," New Scientist, Vol. 94, No. 1305, pp. 413-416
Portanto, afirmar que a atmosfera primitiva era desprovida de O2 é no mínimo demonstrar falta de conhecimento real das evidências encontradas, ou desejo de mentir para o proveito próprio.

Miller afirmou que a atmosfera primitiva era desprovida de O2 porque ele sabia que o O2 era responsável por destruir as moléculas muito antes delas atingirem o estágio de vida.

Miller afirmou que a atmosfera primitiva era rica em Amônia, todavia a amônia se decompõe com a luz Ultravioleta.
A terra não tinha uma atmosfera de Metano, Amônia e Hidrogênio ... Nunca houve uma atmosfera assim ... Há boas evidências de que a terra sempre teve oxigênio em sua atmosfera
Duane Gish (Bioquímico)
É curioso o fato de Oparin, Miller e outros realizarem um verdadeiro malabarismo, pois em determinado momento, organismos que não conseguiam viver com oxigênio transformaram-se (talvez gradualmente) em organismos que não conseguem viver sem oxigênio! Organismos que não precisavam de água transformam-se em organismos que precisam de água. Organismos que precisavam de calor transformam-se em organismos que não precisam de calor.

Em seu experimento, Miller e outros afirmaram que as moléculas não foram destruídas pelos raios U.V., e foram levadas pelas chuvas, se distribuindo por lagos, rios e oceanos.

Nós temos outro problema aqui. Qualquer estudante de química sabe que a água impede a formação dos elos entre as moléculas, ainda impede a formação de moléculas mais complexas, necessárias à vida, e que os aminoácidos se dissolvem facilmente na água.

Sabendo disso, Miller, disse que surgiram moléculas especiais (catalisadoras), para bloquear os efeitos químicos da água.

Primeiro, nós sabemos que não existem provas da existência desses catalisadores. E mais, esses “catalisadores” não estão presentes no experimento de Oparin, de Miller e etc.

Segundo, não se sabe como esses supostos catalisadores surgiram. Nenhuma explicação foi dada.

Nesse mesmo seguimento experimental, vários outros evolucionistas surgiram na tentativa de dar respaldo ao experimento de Oparin e de Miller. Entre eles Sidney Fox.

Fox afirmou que os aminoácidos foram jogados do oceano primordial sobre uma superfície muito quente, tal como a borda de um vulcão em atividade, o que fez com que a água evaporasse e os aminoácidos se interligassem.

Qualquer estudante de química deve saber que aquecer aminoácidos produz um alcatrão marrom escuro, malcheiroso, e não proteínas detectáveis. Coisa essa que Fox omitiu.

Sidney Fox afirmou que se uma porção muito grande de um de três aminoácidos diferentes for adicionada a uma mistura de aminoácidos purificados e aquecida em um forno de laboratório, eles se juntam.

É preciso saber que neste caso, não se produz proteínas, e sim uma estrutura química ligeiramente diferente, os proteinóides.

Com relação aos proteinóides veja o que Shapiro diz:

(A teoria dos Proteinóides) atraiu a ira de muitos críticos veementes, variando do químico Stanley Miller... a criacionistas como Duane Gish. Talvez não haja nenhum outro ponto da teoria da origem da vida em que possamos encontrar tal harmonia entre evolucionistas e criacionistas, como na condenação da suposta importância dos experimentos de Sidney Fox.
Robert Shapiro, Origins: A Skeptic Guide to the Creation of Life on Earth, pág. 192
Portanto, os próprios evolucionistas – sinceros – apresentam suas reprovações quanto ao experimento de Sidney Fox.

Fox afirmou que os aminoácidos foram jogados em uma superfície muito quente, e que o calor ou uma fagulha juntaria os aminoácidos.

Qualquer estudante de química, que seja um pouco mais dedicado e honesto, sabe que uma fagulha (seja um raio, calor do vulcão etc.) é capaz de juntar os aminoácidos, porém, também os separa. E mais, sabe-se que uma fagulha os destrói melhor que os cria.

É sabido que Miller roteou (direcionou) os gases, para poder prender (isolar) as moléculas que desejava e descartar as que não lhe interessavam. Isso se chama trapaça.

Mas, como não é surpresa, isso é típico em experimentos evolucionistas.

Oparin afirmou que conseguiu produzir aminoácidos, proteínas...

A mesma afirmação foi feita por Miller, por exemplo.

O fato é que qualquer estudante de química e biologia deveria saber que os aminoácidos canhotos são os responsáveis por originar as proteínas da vida, e os aminoácidos destros são os responsáveis por impedir a produção das proteínas da vida. Assim sendo, tanto o experimento de Oparin, como o de Miller e de vários outros terminaram produzindo aminoácidos canhotos e destros. Ou seja, uma solução estéril.

Mais uma vez trapacearam.

Isolaram os aminoácidos destros e selecionaram os aminoácidos canhotos.

Na verdade, o resultado final dos experimentos foi:

Piche (Tóxico) = 85%
Ácidos carboxílicos (Tóxico) = 13%
Aminoácidos = 2%
________________
VENENO

Essa "SOPA", "CALDO PRIMITIVO", "CALDO PRIMORDIAL" OU "SOPA PRÉ-BIÓTICA" é apenas mais uma fraude do evolucionismo.

Michael Denton afirma corretamente o seguinte:
Considerando o modo como a sopa pré-biótica é referida em tantas discussões sobre a origem da vida como uma realidade já estabelecida, é de certo modo um choque perceber que não há absolutamente nenhuma evidência positiva de sua existência
Michael Denton, Evolution: A Theory in Crisis, pág. 261
Dessa forma, os estudantes de Biologia e Química deveriam pesquisar de forma mais apurada aquilo que seus professores estão lhes ensinando, para verificar se estão sendo sinceros naquilo que lhes transmitem.

O Dr. George Wald, que é Professor de Biologia na Universidade de Harvard, que recebeu o Prêmio Nobel de Medicina em 1967, e publica para as mais conhecidas entidades no mundo, afirmou o seguinte, acerca do experimento de Oparin, Miller...:
Contamos esta história para os primeiranistas de Biologia como se ela representasse um triunfo da razão sobre o misticismo. Mas, de fato trata-se de quase justamente o oposto. O ponto de vista razoável seria crer na geração espontânea; a única alternativa seria crer no ato único, primário, da criação sobrenatural. Não existe uma terceira posição. Por este motivo, diversos cientistas há um século decidiram considerar a crença na geração espontânea como uma necessidade filosófica. Um sintoma da pobreza filosófica de nossa época é a desconsideração desta necessidade. A maioria dos biólogos modernos, tendo verificado com satisfação a queda da hipótese da geração espontânea, mas sem estarem dispostos a aceitar a crença alternativa na criação especial, ficou sem outra opção
George Wald, "The Origin of Live", Scientific American, vol. 191, 2, pg 46
Isso é exatamente o que ocorre com os evolucionistas. Como não têm outra opção, a não ser aceitar o ato criador de Deus, decidiram acreditar nessa estória que é contada para os estudantes de primeiro ano de Biologia. Uma fraude.

É realmente uma pena que alguns tenham decidido continuar acreditando nessa farsa.


Para um estudo mais aprofundado sobre as fraudes do experimento da sopa pré-biótica veja:

Allen, Garland E. and Randy Bird. “Darwin, Charles Robert.” Encarta. CD. Redmond: Microsoft Corp., 2002. 

Behe, Michael J. Darwin's Black Box. New York: Simon and Schuster Trade, 1998. 

Bliss, Richard., et al. Origin of Life: Evolution and Creation . San Diego: C.L.P. Publishers, 1990. 

Cohen, Jon. “ Novel Center Seeks to Add Spark to Origins of Life.” Science . No. 270, 1995: 1925-1926. 

Darwin, C.R. On the Origin of Species by Means of Natural Selection or the Preservation of Favored Races in the Struggle for Life . London : John Murray, 1859. 

Denton, Michael. Evolution: A Theory in Crisis . New York : Adler and Adler Publishers, Inc., 1997. 

Dose, Klaus. “The origin of life: More questions than answers.” Interdisciplinary Science Review . No. 13, 1988: 348-356. 

Hayward, Alan. Creation and Evolution . Minneapolis : Bethany House Publishers, 1985. 

Johnson, Philip E. Darwin on Trial . Downers Grove : InterVarsity Press, 1991. 

Johnson, Philip E. Reason in the Balance . Downers Grove : InterVarsity Press, 1995. 

Meyer, Stephen C. “DNA and the Origin of Information.” Rpt. in Mere Creation . Ed. by William A. Dembski. Downers Grove: InterVarsity, 1998. 113-140. 

Parker, Gary. Creation Facts of Life . Green Forest : Master Books, 1994. 

Towe, Kenneth M., “Environmental Oxygen Conditions During the Origin and Early Evolution of Life.” Advances in Space Research . No. 18, 1996: (12)7-(12)15. 

Wade, Nicholas. “Life's Origins Get Murkier and Messier.” New York Times . 13 June 2000: D1-D2. 

Weem, Minka Peters, ed. International Baccalaureate: Biology . Camberwell: IBID Press, 2001. 

Wells, Jonathan. Icons of Evolution . Washington , DC : Regnery Publishing, Inc., 2000. 

Woolman, Michael, ed. International Baccalaureate: Ways of Knowing, An Introduction to Theory of Knowledge . Melton: IBID Press, 2000. 

Anti-Evolution . Baltimore : Johns Hopkins University Press, 1992. 

Kuhn, Thomas. The Structure of Scientific Revolutions . Chicago : The University of Chicago Press, 1996. 

Lewis, C.S. Mere Christianity . San Francisco : Harper Collins, 1952. 

Popper, Karl. The Logic of Scientific Discovery . New York : Routledge Classics, 2002.