quarta-feira, 30 de março de 2016

OS ÍDOLOS DO CORAÇÃO E A VERDADEIRA ADORAÇÃO


“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm;todas são lícitas, mas nem todas edificam”
1 Coríntios 10:23

Robson T. Fernandes

Edificação é um tema comum na Sagrada Escritura. Edificar significa construir, levantar, instituir, induzir à virtude, infundir sentimentos morais e religiosos em alguém. Com isso, a ideia do autor bíblico é a de que devemos buscar em todo o tempo as coisas que colaboram para o nosso crescimento e para a nossa solidificação espiritual.
Se para alguns a busca incessante pela edificação é o mesmo que radicalismo e exagero, para outros, não buscar essa edificação constantemente é secularização, mundanismo e relativização da Verdade. O fato é que os apóstolos e o próprio Jesus não se cansaram de buscar a edificação o tempo inteiro.

Esse era um dos principais problemas da igreja de Corinto, pois ela relativizava a verdade e não buscava a edificação o tempo todo. Aquela igreja permitiu que os costumes de uma sociedade caída e sua cultura contaminada pelo pecado penetrassem na igreja, e ao invés de influenciar a sociedade ela passou a ser influenciada. Para defender essa distorção alguns argumentam: “mas eu tenho o direito de relaxar”. É verdade, todos necessitamos de descanso e férias, mas quem foi que disse que devemos descansar, relaxar ou tirar férias envoltos em uma ação pecaminosa? Ora, férias, por exemplo, existem para descansarmos do trabalho, e isso porque estamos cansados. Então, se tiramos férias de Deus, se negligenciamos os princípios da Sagrada Escritura em nosso descanso é porque estamos cansados de Deus? Estamos cansados dos princípios da Sagrada Escritura?

Precisamos entender urgentemente que se isso ocorre é porque existe algo de muito errado com nossa vida!

Isso ocorre, normalmente, quando os nossos interesses são maiores que os interesses de Deus. Ou seja, quando deixamos que ídolos sejam erguidos em nossos corações. Alguns desses ídolos são: hedonismo (busca pelo próprio prazer e fuga da dor), pragmatismo (a negação de princípios e valores desde que a prática funcione, a ação dê certo), relativismo (afirmação de que as verdades morais e religiosas, por exemplo, variam conforme a situação) e niilismo (não existe nada absoluto. Não há verdade moral nem escala de valores). Esses ídolos se manifestam em forma de interesses pessoais, e nossos interesses pessoais terminam sendo maiores que os interesses de Deus. São eles: dinheiro, poder, fama, felicidade, sucesso, status, bem estar etc. Por isso a igreja de Corinto estava participando de festas mundanas que o apóstolo Paulo chama de sacrifício à demônios (1Co 10:20), associação com demônios (1Co 10:20), “cálice dos demônios” (1Co 10:21), “mesa dos demônios” (1Co 10:21). Por essas coisas, o apóstolo declara: “Ninguém busque o seu próprio interesse” (1Co 10:24). Ou seja, o apóstolo está dizendo em outras palavras a mesma coisa que o próprio Jesus Cristo já havia dito: “negue-se a si mesmo” (Mt 16:24; Mc 8:34; Lc 9:23).

E agora, o que você fará? Será possível achar que alguém pode buscando a Deus na igreja e ter comunhão com demônios fora dela? Será que alguém pode pensar que Deus permitirá que isso ocorra por muito tempo?

Pense nisso e decida a quem você deseja servir de fato para que não sejamos como a igreja de Corinto.