quinta-feira, 17 de março de 2016

QUANDO O SENHOR DIZ: "EIS-ME AQUI"


“Se tirares do meio de ti o jugo, o dedo que ameaça, o falar injurioso; se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio dia.
O Senhor te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas nunca faltam.
Os teus filhos edificarão as antigas ruínas; levantarás os fundamentos de muitas gerações e serás chamado reparador de brechas e restaurador de veredas para o país se torne habitável”
Isaías 58: 9b-12

Uma das coisas que mais desejamos é a nossa felicidade, prosperidade e contentamento. Na verdade, quem busca essas coisas por si só e em detrimento dos princípios e valores eternos jamais as encontrará. A nossa vida não pode ser vivida no braço da carne, firmada em nossos próprios esforços e segundo aquilo que pensamos ser certo. É aqui que reside o problema de muitas pessoas, porque vivendo assim elas estão formando para si uma religião própria e construindo seus próprios deuses, suas imagens de escultura.

O Senhor Deus manda ao profeta Isaías que clame ao povo com toda a força de seus pulmões para que este povo fosse despertado de seu sono espiritual, de seu estado de letargia e inércia. Na verdade, este povo, como o próprio Deus diz, tinha a aparência de que buscava a Deus, aparentava buscar ao Senhor em seus caminhos, parecia buscar fazer o que era reto. Este povo até orava, jejuava e guardava o sábado, por se tratar de judeus. Contudo, eles estavam se queixando porque faziam todas essas coisas mas estavam percebendo que a sua vida estava “emperrada”, parecia que oravam e jejuavam e o Senhor não lhes respondia. Por quê?

No versículo 4 desse de Isaías 58 o Senhor responde a essa questão: “Eis que jejuais para contendas e rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto”.

Esse era o primeiro problema com o povo, pois eles divorciaram a vida com Deus da vida de adoração a Deus. Para eles a vida com Deus se resumia em seguir aquilo que a religião determinava, apenas obedeciam às regras religiosas.

O segundo problema com o povo era Deus havia determinado um tempo específico para que se fizesse a adoração em comunhão com a comunidade. No caso específico aqui tratado era a guarda do sábado judaico.

O princípio da adoração a Deus permanece! A adoração a Deus deve ser feita de forma individual, por meio de nossa leitura bíblica diária, orações e vida piedosa, mas também deve ser feita em comunidade. Especificamente em nossos cultos públicos. O que o povo da época de Isaías estava fazendo era pecar contra Deus por quebrar a guarda do sábado, pois estava usando este dia para tratar de seus próprios negócios, como o próprio Deus afirma em Isaías 58:3,13. O problema é que aquele povo ao invés de respeitar o dia que foi separado para a adoração estava preocupado apenas em cuidar dos seus próprios interesses.

A questão é: Será que nós não temos feito a mesma coisa?

Temos tempo para fazer e frequentar aniversários, para viajar de férias, desfrutar de feriados, cuidar de nossos estudos e trabalho, mas sempre que possível, faltamos nossos cultos a Deus porque temos nossos interesses para serem tratados nesses dias, apesar de termos uma semana inteira para isso. Só para ilustrar melhor, o dia que separamos para fazer o nosso principal culto público e em comunidade é o domingo, mas muitas vezes negligenciamos este culto de adoração a Deus porque decidimos comemorar festas de aniversário, que poderiam ser feitas em outras ocasiões. Então, quando surgem as dificuldades e o Senhor não nos atende as orações, perguntamos o que houve. Ou seja, revivemos tudo aquilo que o povo de Deus do Antigo Testamento estava vivendo aqui, em Isaías 58. Cometemos o mesmo tipo de pecado. E mais, muitas vezes temos tempo para fazer todas as coisas que são de nosso interesse, mas negligenciamos o cuidado com o próximo e divorciamos a vida com Deus do nosso dia a dia, de nossa semana. Por isso, muitas vezes terminamos vivendo uma semana inteira longe daquilo que Deus determina e no fim de semana ainda completamos negligenciando o culto ao Senhor e em comunidade.

Por fim, a ordem de Deus é para que O adoremos de forma prioritária. Deus deve ser prioridade em nossas vidas. Quando fizermos isso o Senhor derramará bênçãos sobre Seu povo. Como Ele mesmo disse se tirarmos do nosso meio o jugo, o dedo que ameaça, o falar injurioso, se abrirmos a nossa alma ao faminto e fartarmos a alma aflita, então, a nossa luz nascerá nas trevas, e a nossa escuridão será como o meio dia. O Senhor nos guiará continuamente, fartará a nossa alma até em lugares áridos e fortificará os nossos ossos; seremos como um jardim regado e como um manancial cujas águas nunca faltam. Os nossos filhos edificarão as antigas ruínas, levantaremos os fundamentos de muitas gerações e seremos chamados reparadores de brechas e restauradores de veredas para que o lugar em que habitamos se torne digno e cheio da Graça de Deus.