terça-feira, 15 de março de 2016

TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE


“Posso todas as coisas naquele que me fortalece”
Fp 4:13

Muitas pessoas quando passam pela dor da separação causada pela morte se revoltam contra Deus. Outras, quando passam por dificuldades financeiras, fome ou abandono mudam sua posição com relação a Deus.

É um sentimento quase unânime na sociedade, inclusive em algumas igrejas, o desejo por poder, a sede por dominar, a ânsia por estar sempre “por cima”. Em muitos casos usa-se até a Bíblia para defender os seus pontos de vista. Costumam dizer: “somos cabeça e não cauda”, “somos filhos do rei”, “tome posse da bênção”, “exija”, “declare”, “decrete”. Dizem até “tudo posso naquele que me fortalece”.

Estes desconhecem o verdadeiro ensino bíblico instituído pelo Espírito Santo, através do apóstolo Paulo. O ensino correto começa assim: “aprendi a contentar-me com o que tenho” (Fp 4:11)

Você está vivendo feliz com a vida que Deus te deu?

Alguns não vivem felizes, antes, tentam se conformar, outros se revoltam. Veja que se conformar é muito diferente de estar vivendo feliz.

Paulo afirmou que aprendeu a contentar-se com o que tinha. E você? Você agradece a Deus pelo que tem? Pois se olhar ao lado verá alguém numa situação muito pior do que a sua! Você tem agradecido ao Senhor ou tem apenas reclamado e pedido mais?

A questão aqui não é a pregação de uma teologia da miserabilidade, mas do contentamento.

Não é pecado estudar, visar um emprego melhor, plano de saúde, casa melhor ou coisas do tipo. O problema está em se coloca essas coisas em primeiro lugar, e mais, achar que somos merecedores ou dignos disso. Então, quando essas coisas não chegam na nossa hora e do nosso jeito nos revoltamos contra Deus em uma atitude infantil, insubordinada e antibíblica.

Diante disso, o apóstolo continua declarando: “Sei estar abatido e também ter abundância” (Fp 4:12a).

O apóstolo sabia e tinha estrutura para passar por momentos de fartura e de “faltura”. Ele possuía tal condição porque no seu íntimo existia o sentimento verdadeiro, genuíno e sincero de servir a Deus, independente do preço que isso lhe viesse custar. Ele quis servir ao Senhor com tudo o que tinha, e glorificar a Deus com sua vida quando não tinha nada. Ele não dependia de fartura, abundância ou bens para servir a Deus, ele estava dando o seu bem mais precioso para o Senhor: a própria vida. Estivesse ela acompanhada de bens materiais ou não (Fp 4:12b).

As circunstâncias na vida de Paulo o ensinaram a viver dessa forma. O impressionante é que ele não se deixou enfraquecer pelos problemas da vida, antes, procurou tirar o máximo de lições e ensinamentos através das situações que o Senhor permitiu que passasse.

Tal atitude só fez com que ele crescesse cada vez mais, se aproximando do Senhor de forma exponencial, sendo usado pelo Criador de forma maravilhosa. Ele já não mais vivia, mas, o Senhor vivia nele! E se fosse preciso morrer em nome Daquele que morreu por ele, ele o faria satisfeito, como o fez realmente, porque o viver para ele era Cristo! Ele já se considerava morto para esse velho mundo, ele sabia que já havia sido crucificado com Jesus Cristo na Cruz do Calvário. Sua esperança não era nesse mundo enganador e passageiro. Ele tinha a plena convicção que era um peregrino em terra alheia.

Eram todas essas coisas que o apóstolo Paulo, apóstolo dos gentios, podia. Eram todas essas coisas que ele estava estruturado para suportar. Ele sabia que era através de todas essas circunstâncias que ele seria fortalecido pelo Senhor.

Você também pode todas as coisas!

Mas, lembre-se que todas essas coisas a que Paulo se refere não eram: mandar, exigir, ordenar, pisar... ! Essas coisas eram: independente da situação em que me encontro, eu fui feito para glorificar a Deus!

Lembre-se do que ele falou, também, em 1 Co 11:1: “sede meus imitadores, como também eu, de Cristo”.