quinta-feira, 14 de abril de 2016

SERÁ QUE DEVE EXISTIR PASTOR NA IGREJA?


Tem se tornado cada vez mais comum o surgimento de pessoas que afirmam que não deve existir pastor na igreja. Essa afirmação é feita especialmente por parte dos desigrejados, que têm crescido e influenciado cada vez mais pessoas. Com isso, passam a agredir a figura do pastor (ministério pastoral) com uma intensidade cada vez maior.

Para isso usam de forma extremamente distorcida o texto de Mateus 23:8: “Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos”.

Os mesmos que utilizam esse texto para, pretensamente, defender que não deve existir pastores terminam "esquecendo", por exemplo, a continuação desse mesmo texto: “A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus” (Mt 23:9).

Portanto, se não devemos ter pastores, como afirmam, também não deveríamos chamar nosso pai de pai!

Observe portanto a contradição!

Nesse texto Jesus não está falando de pastores, como afirmam, mas da figura do Rabi. Jesus não fala de pastor aqui, Ele se refere ao fato de tratar alguém como se fosse o dono de sua vida. Nesse sentido nós só temos um Mestre, um Rabi, um Senhor, um só Pai.

Ainda, foi o próprio Deus quem disse: “Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência” (Jr 3:15).

Ainda, o próprio Deus afirma claramente: “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros” (Hb 13:17).

Agora, vejamos que o próprio Deus estabeleceu a figura do pastor na igreja por uma razão. Vejamos Efésios 4:11-14:

ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro

a. Deus foi quem determinou a existência de apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres;

b. Isso foi feito para que:
  • a igreja fosse aperfeiçoada;
  • a igreja desempenhasse bem o serviço cristão;
  • a igreja fosse edificada;
  • a igreja chegasse ao aperfeiçoamento;
  • a igreja chegasse à unidade da fé e ao pleno conhecimento do Filho de Deus;
  • a igreja alcançasse a maturidade;
  • a igreja fosse protegida contra erros, heresias e pessoas que ameaçam a sua estabilidade.

Diante de tudo isso, quando a figura do pastor é ameaçada, toda a integridade da igreja também é. Por isso, quando alguém é excluído do rol de membros de uma igreja porque ser agressiva com a figura do pastor, por exemplo, isso não ocorre porque os pastores se sentiram magoados ou ameaçados, mas porque essa postura compromete toda a integridade da Igreja. Essas atitudes agressivas contra a figura bíblica do pastor representam uma ameaça para a Igreja de Cristo, como determina a própria Bíblia.

Por fim, foi o próprio Jesus que disse que quando a figura do pastor é atingida todo o rebanho fica disperso. Quando o pastor é ferido as ovelhas se desgarram (Zc 13:7; Mt 26:31).

Por isso, muito cuidado com aqueles que atacam a validade do ministério pastoral (desigrejados e rebeldes), pois atentar contra isso é atentar contra a própria integridade da igreja.

Sob o pretexto de falsa piedade tais pessoas têm pervertido o Evangelho e abusado da Igreja de Cristo. O pior de tudo é que pensam que estão sendo usados por Deus para isso.


Robson T. Fernandes, um pastor.