sábado, 31 de dezembro de 2016

ANALISANDO O ANO QUE PASSOU, PREPARANDO O CORAÇÃO PARA O ANO NOVO


Robson T. Fernandes

“[...] esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3:13b,14)

Normalmente ao se falar em Ano Novo algumas práticas vêm à mente de boa parte da população brasileira: vestir roupas brancas, usar simpatias, fazer oferendas, tomar um bom espumante, pular sete ondas, falar rezas, repetir frases de efeito e chavões e buscar saber o futuro pela boca de feiticeiros que dizem poder prever o futuro. Esses buscam se livrar das dores do ano que passa e tentam se preparar para o ano que se aproxima com misticismos e toda sorte de práticas que são cabalmente reprovadas pelo próprio Deus, o misticismo espiritualista.

Outros, ainda tomados por fatores emocionais gerados pela emoção do momento que é fruto de uma sociedade que anda alheia a vontade de Deus, fazem promessas de mudança, planejam dietas, projetam mudar seu estilo de vida, se programam para novos sonhos, cantam desejando muito dinheiro no bolso e saúde pra dar e vender e até tentam uma reconciliação superficial com parentes e amigos que não conseguem nem tolerar, apenas porque são movidos por uma emoção sem sentido e sem solidez. Esses buscam se livrar das dores do ano que passa e tentam se preparar para o ano que se aproxima de forma puramente emotiva e dissociada de qualquer fundamento sólido e consistente que lhes promova segurança e estabilidade de verdade.

Outra parte da população se reúne de frente a televisão para fazer uma retrospectiva do ano que passou, revivendo alguns momentos bons e muitas catástrofes, mortes, desastres e tragédias, com base em análises político-econômicas completamente dissociadas dos Valores Eternos estabelecidos pelo próprio Deus, pois se fundamentam apenas nas ciências sociais que são profundamente regidas pelos princípios da Era da Razão e do Iluminismo, que desconsideram Deus em todos os sentidos. Esses buscam se livrar das dores do ano que passa e tentam se preparar para o ano que se aproxima se agarrando ao humanismo secular que vive a sua vida como se Deus não existisse ou como se Ele não interferisse no curso da história humana.

Então, grande parte da população analisa a vida levando em conta os fatores externos como a política, economia, segurança, educação, saúde e cotação do dólar e das bolsas de valores, seja por meio do misticismo espiritualista, de fatores emocionais ou do humanismo secular. Muitos recorrem a expressões e manifestações religiosas reprovadas pela Sagrada Escritura. Em todo caso, para esses a vida circula em torno de valores externos e que não possuem relação com a Palavra de Deus. Contudo, não é assim na contabilidade dos céus. Não é assim na oikonomia de Deus. Para o SENHOR a vida deve circular em torno de outra coisa: “Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Dt 6:5). Este é o chamado Shemá Israel (שמע ישראל - Ouça Israel) que constitui a profissão de fé central do povo de Deus: O SENHOR nosso Deus é o único SENHOR. É aqui que reside o sentido da vida e é a partir daqui que toda análise da vida e da sociedade deve ser feita. É a partir daqui que a vida e o ano que passou devem ser revistos, analisados, examinados e esquadrinhados.

O exame da vida que foi vivida ou do ano que chega ao fim deve ser feito não a partir de fatores externos, mas a partir dos Valores Eternos e a partir da existência desses Valores em nosso coração. Por isso, a Sagrada Escritura nos alerta que “sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv 4:23).

Mas, o que significa guardar o coração?

O texto de Provérbios 4 nos ensina que guardar o coração é: 1. Atentar para a Palavra e os ensinos de Deus (Pv 4:20); 2. Não se apartar da Sagrada Escritura (Pv 4:21); 3. Colocar os Valores Eternos dentro de si (Pv 4.21). Significa alimentar o coração com aquilo que produz saúde e vida. E não estamos nos referindo ao aspecto médico, a cardiologia médica, mas ao aspecto espiritual. Estamos nos referindo ao seu relacionamento com Deus de acordo com a Palavra de Deus.

Com isso, entendemos ser errado buscar resposta e solução no misticismo espiritualista, nos fatores emocionais e em elementos puramente humanistas seculares.

Por essa razão afirmo que o ano que passou deve ser analisado a partir da figura de Deus como centro de todas as coisas. Que posição Deus ocupou em nossas vidas no ano que passou?

Essa leitura em função de Deus, essa interpretação da vida, da sociedade e do ano que passou, a partir de Deus, será válida para nos ajudar a corrigir os erros cometidos e nos auxiliará a redirecionar nossa vida de forma adequada para o ano que se aproxima, pois seguiremos a nossa vida sempre em direção a Deus.

Por tudo isso prepare o seu coração para Deus, planeje a sua vida em função de Deus, projete seus planos em razão da vontade de Deus. Assim o ano de 2017 será melhor, mais proveitoso, mais feliz, mais produtivo, mais gracioso e com maiores oportunidades de milagres e vitórias.

Se você está lendo esse texto é porque as dores, os sofrimentos, as decepções, as tormentas e as batalhas do ano que passou não foram fortes o suficiente para lhe destruir. Deus usou essas adversidades para lhe ensinar algo e lhe fortalecer. Então, sirva-se do que você aprendeu de bom, guarde as lições adquiridas e use a força que você recebeu e siga em frente.

“[...] esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3:13b,14)

Siga em frente e tenha um Feliz 2017 com Jesus Cristo na vida.